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1º de Maio: direito não é privilégio

Foto do escritor: Jaqueline VianaJaqueline Viana

Atualizado: 26 de jan.

O artigo abaixo, concorreu ao Prêmio SEBRAE de Jornalismo, na categoria de Inclusão Produtiva e Sustentabilidade.


Protesto
Manifestação de trabalhaddores

“Os que no regime burguês trabalham não lucram e os que lucram não trabalham.” — Friedrich Engels.

Mesmo que o salário de um médico seja muito diferente do salário de um auxiliar administrativo, por exemplo, ser trabalhador ou trabalhadora é classe social. Não importa o nível de escolaridade.


Burguês ou burguesa, é quem não precisa de trabalhar, é quem nem contato tem com o trabalhador. Vivem na maresia, engordando enquanto o trabalhador gasta a sua vida no trânsito, nos apertos dos trens, levando marmita na mochila, engolindo sapos para sobreviver, etc.



Hoje, apontarei as injustiças praticadas pela sociedade, a quem tem dupla, tripla e até quádrupla jornada. Falarei das pessoas que são tratadas como uma subclasse: a mulher trabalhadora e pobre.


Há quem “ache” que desigualdade salarial é mito, que o gênero, raça e origem social não define o cargo que irá ocupar. Só que esse papinho meritocrático não cola mais, pois atualmente as pessoas estão gostando de ver números, gráficos, estudos e não mais escutar a conversinha fiada do patrão.


Outros homens até reconhecem a diferença salarial, mas sua masculinidade frágil grita que o desemprego será maior se as mulheres receberem um salário justo. Falando desse jeito, até parece que o homem se tornará inferior por uma mulher com a mesma competência e trabalho, se igualar o salário com o dele. Essa síndrome de inferioridade dos homens, vem do machismo estrutural presente dentro do “capetalismo”. Veja mais em Carta aberta aos machistas.


“A história de todas as sociedades até hoje existentes é a história das lutas de classes.” Karl Marx.

Não é raro os casos de assédio moral e sexual dentro das empresas. Não todas as vezes, mas na maioria das vezes, um homem é o abusador safado. E quase sempre, ele está em uma posição de poder sobre a mulher. Apesar disso, o complexo de inferioridade fala mais alto, a ponto de tentar dominá-la. Isso no “melhor” dos casos, pois há muitos em que seu ponto principal parte da misoginia.


Mas, não se trata apenas disso, se trata de justiça salarial, moral e social. Todas devem lutar para serem mulheres livres, totalmente independentes do mundo masculino. Segundo o sociólogo italiano Guido Viale, o patriarcado é uma estrutura de poder e que têm realidades difusas, como: a propriedade, a dominação, a exploração e a soberania.


“A raiz do patriarcado é a 'propriedade' do homem sobre a mulher, a sua pretensão de considerá-la e o poder de fazer dela uma coisa 'sua'. Sobre ela, modelaram-se todas as outras formas de propriedade que acompanharam a sucessão das civilizações.” — Guido Viale.

A escravidão foi baseada nesse mesmo modelo de propriedade, que o homem ainda acha que tem sobre a mulher. O que reflete inclusive no ambiente empresarial e é reproduzido por colegas, chefes e patrões. Não somos mais ingênuas a ponto de acreditar que o machismo é apenas falta de conscientização. É questão de poder, domínio e exploração. Veja mais em A Marreca de Neve e os Sete Machões.


"É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta." — Simone Bevouir.

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