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A violência doméstica e a cultura patriarcal

Foto do escritor: Jaqueline VianaJaqueline Viana

Atualizado: 26 de jan.


imagens fortes sobre a violência doméstica
imagens fortes sobre a violência doméstica


A violência doméstica e a cultura patriarcal não está restrita apenas a parceiros conjugais, ela se expande na vida da mulher desde a infância, com doutrinações cristãs sobre a submissão, de como o homem "chefe de família", deve ter controle sobre sua vida, seu corpo e suas emoções. A sociedade vê essas atitudes como parte da educação da menina, onde ela deve "baixar a cabeça" e suportar tudo calada, agradecendo por ter um teto acima da cabeça.


Esse tipo de ambiente é totalmente propício para manter um abusador. Ele nunca é denunciado e, sem sofrer qualque tipo de punição legal, pratica abusos sexuais, psicológicos, físicos e morais, contra os demais membros da família.



O controle parental


Quando se trata de meninas, as agressões quase sempre são mais graves, pois é imputado na mente dela que, por ter nascido do sexo feminino, ela nasce sem direitos. Desta maneira, surge uma adulta propensa a se envolver em relacionamentos tóxicos, por não saber o que é um relacionamento saudável.


Aguenta todos os tipos de violência, por nunca ter tido controle da própria vida, por dependência financeira ou emocional e pelo sentimento de culpa que carregou a vida inteira, sem saber o por quê. Resultado do machismo estrutural, da violência e da misoginia.



Os tipos de violências domésticas


São muitos os tipos de violência praticadas contra as mulheres:


Violência física

Qualquer conduta que ofenda a integridade do corpo, como espancamentos, cortes, sufocamento, atirar objetos na vítima, danos ou ameaças com facas ou armas de fogo.


Violência psicológica

Qualquer conduta que cause dano emocional, afete sua autoestima e desenvolvimento como mulher. Como ameaças, constrangimentos, humilhações, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insultos e chantagens.


Violência moral Qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria, como expor a vida íntima, acusar a mulher de traição, desvalorizá-la pela forma de se vestir, rebaixar a mulher por meio de xingamentos e julgamentos.


Violência sexual

Qualquer conduta que seja sem consentimento da mulher, incluindo presenciar relações sexuais contra sua vontade. São consideradas violência sexual o estupro, impedir o uso de métodos contraceptivos, obrigar a mulher a fazer atos sexuais que lhe causam desconforto, tirar a camisinha sem seu conhecimento, praticar relações sexuais mediante intimidação, ameaça ou coação.


Violência patrimonial

Qualquer conduta que cause prejuízo aos seus bens materiais, como danificar, descartar, reter ou roubar seus objetos, bens, documentos pessoais, instrumentos de trabalho, cartão bancário, dinheiro e não pagar a pensão alimentícia.



Estupro e feminicídio


O Brasil bate recordes tendo 1 estupro a cada 8 minutos e, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 21,5 milhões de mulheres com 16 anos ou mais, sofreram violência física e/ou sexual por parte do parceiro ou ex-parceiro íntimo.


O feminicídio tem as suas raízes firmadas primeiramente no assédio e na violência psicológica. O abusador se sente a vontade para escalar o nível de violência, cada dia mais um pouco e a cada dia mais cruel.


A sociedade se cala e normaliza essas atitudes, "briga de marido e mulher, não se mete a colher".É desta maneira que a violência doméstica é escalada até o feminicidio.


Depois que a mulher morre, todos se lamentam, mas em vida ela precisava de ajuda, de apoio, de alguém que dissesse "você está certa, denuncie!" e não de alguém a dizer "ele é seu marido", pois essa é o pior conselho que alguém pode dar. É como jogar alguém para a morte!

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Jaqueline Viana: (11) 97032-6246

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