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O hype da patricinha em cima das minorias

O post era sobre minorias, era sobre meritocracia, era sobre uma linha de chegada inalcansável.



brabie burguesa

Que linha de chegada querida? O que você sabe sobre isso? Acabou de chegar no mercado de trabalho e em dois anos já subiu para analista e palestrante. Sentou na janelinha. Com mais três anos de "trabalho suado" vai ser head de alguma coisa. Do que você quiser, na verdade. O poder econômico está aí para isso, não é mesmo?


Trabalhei por onze anos em uma empresa dando o melhor de mim e não entendia o motivo de não ser reconhecida. Quando olhei para as cadeiras dos coordenadores para cima, 98% delas eram ocupadas por homens héteros e brancos. Os outros 2% eram ocupados por mulheres brancas e cis, que já tinham herdado uma vida financeira boa.


Eu não acredito em linha de chegada. mas sim na linha de "start". Tem coisas que não são para nós, que somos minoria. E fim. É só olhar para o LinkedIn desse povo abastado, para notar que não ficam nem um ano no cargo e que em cinco anos, já são heads de alguma coisa.


Não existe linha de chegada para quem faz parte da minoria, muito menos a de start. Quantas pessoas vieram de baixo e cresceram dentro de uma empresa? Poucos, quase inexistentes. Segundo estudos da Pulses com a Nohs Somos, "Minorias não chegam a 10% dos colaboradores nas empresas brasileiras"



Apenas sobrevivemos às inúmeras violências praticadas contra nós e, tentar calar a minha boca foi uma delas. Mas também foi um erro, a patricinha deveria ter checado antes, visto que sou uma redatora e que tentar me calar não seria uma boa ideia. Por que é lógico que eu iria escrever sobre isso.


"Toda vez que temos a chance de chegar, eles mudam a linha de chegada"

- Disse a Jojô Todynho branca e nascida em berço de ouro.


Essa pauta não é o lugar de fala dela, mas nada que uma aulinha de oratória não resolva, não é mesmo? Ficar quietinha seria bom, mas com a fome de uma sanguessuga, lucrar em cima de alguém, é um desejo maior. Ter poder sobre a mente de alguém então, é espetacular! Ao se tratar de uma patricinha, não vejo nada de novo nesse mundo. Está apenas seguindo o fluxo.


Mulheres como a Marielle Franco, essas sim são a minha inspiração. É por isso que continuo escrevendo. Pois assim como a cria da Maré, me calar, não é opção.


Não é opção de nenhuma minoria. Embora a elite tente nos apagar, essa é a verdade. Acham que servimos apenas para sermos explorados no ambiente de trabalho e dar votos nas eleições. Eles pensam assim e sabe o por quê? Porque desde cedo eles foram conscientizados sobre a luta de classes, sobre como nos engolir e depois cuspir na merda.


Não se iludam com personagens assim. Essa manobra de massas tem que acabar e, isso sim, não depende deles, apenas de nós. Não permitam que eles te usem, vocês não são papel higiênico de gente mimada. Não deixem que te sujem com palavras belas palavras enganosas e mal intencionadas.


Em benefício próprio, esse povo vende até a própia mãe, então quem dirá você!






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Jaqueline Viana

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